Toda Linguagem
Antonio Carlos Secchin
Toda
linguagem
é
vertigem,
farsa,
verso fingido
no
desígnio do signo
que
me cria, ao criá-lo.
O
que faço, o que desmonto,
são
imagens corroídas,
ruínas
de linguagem,
vozes
avaras e mentidas.
O
que eu calo e o que não digo
atropelam
meu percurso.
Respiro
o espaço
fraturado
pela fala
e me
deponho, inverso,
no
subsolo do discurso.
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