Debaixo do Tamarindo
Augusto dos Anjos
No
tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como
uma vela fúnebre de cera,
Chorei
bilhões de vezes com a canseira
De
inexorabilíssimos trabalhos!
Hoje,
esta árvore de amplos agasalhos
Guarda,
como uma caixa derradeira,
O
passado da flora brasileira
E a
paleontologia dos Carvalhos!
Quando
pararem todos os relógios
De
minha vida, e a voz dos necrológios
Gritar
nos noticiários que eu morri,
Voltando
à pátria da homogeneidade,
Abraçada
com a própria Eternidade,
A
minha sombra há de ficar aqui!
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