A Poesia Nossa de Cada Dia
sexta-feira, 20 de julho de 2012
Madrugada - Ferreira Gullar
Madrugada
Ferreira Gullar
Do fundo de meu quarto, do fundo
de meu corpo
clandestino
ouço (não vejo) ouço
crescer no osso e no músculo da noite
a noite
a noite ocidental obscenamente acesa
sobre meu país dividido em classes
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