O Vento
Dora Ferreira da Silva
Na
palma do vento
pouso
a fronte. Nele confio.
A
quem confiaria senão a ele
este
rude labor?
Abandono-me
à tormenta
(lumes
mastros
gaivotas
do mar próximo).
Enreda-me
a noite.
Mas
dele são os dedos leves
que
me fecham os olhos. E é manhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário