No poema
Sophia de Mello Breyner Andresen
Transferir
o quadro o muro a brisa
A
flor o copo o brilho da madeira
E a
fria e virgem liquidez da água
Para
o mundo do poema limpo e rigoroso
Preservar
de decadência morte e ruína
O
instante real de aparição e de surpresa
Guardar
num mundo claro
O
gesto claro da mão tocando a mesa
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