Ecos d’Alma
Augusto dos Anjos
Oh!
madrugada de ilusões, santíssima,
Sombra
perdida lá do meu Passado,
Vinde
entornar a clâmide puríssima
Da
luz que fulge no ideal sagrado!
Longe
das tristes noutes tumulares
Quem
me dera viver entre quimeras,
Por entre
o resplandor das Primaveeras
Oh!
madrugada azul dos meus sonhares;
Mas
quando vibrar a última balada
Da
tarde e se calar a passarada
Na
bruma sepulcral que o céu embaça,
Quem
me dera morrer então risonho,
Fitando
a nebulosa do meu Sonho
E a
Via-Láctea da Ilusão que passa!
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