Uma Canção
Mário Quintana
Minha
terra não tem palmeiras...
E em
vez de um mero sabiá,
Cantam
aves invisíveis
Nas
palmeiras que não há.
Minha
terra tem relógios,
Cada
qual com sua hora
Nos
mais diversos instantes...
Mas
onde o instante de agora?
Mas
onde a palavra "onde"?
Terra
ingrata, ingrato filho,
Sob
os céus da minha terra
Eu
canto a Canção do Exílio!
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