A Cidade Atravessa o Dia
Armando Freitas Filho
A cidade atravessa o dia
engatilhada.
Anônimo, mata ao acaso
e escapa, acossado
atirando para o alto
no alvo do sol certeiro.
Antes da pena d'água
o mar aberto se debate
inumerável, perdido
diante de palmeiras selvagens
temperado em heróica
e lírica consonância
com a lagoa inesperada
na boca seca do túnel
com o céu
reagindo no reflexo
tentando subir se salvar
mas resvala na pedra
isolado.
A noite afinal dispara.
Vou no vácuo, no intervalo
harmônico
entre dor e nada
acuado em corpo único
vivendo do próprio fígado.
engatilhada.
Anônimo, mata ao acaso
e escapa, acossado
atirando para o alto
no alvo do sol certeiro.
Antes da pena d'água
o mar aberto se debate
inumerável, perdido
diante de palmeiras selvagens
temperado em heróica
e lírica consonância
com a lagoa inesperada
na boca seca do túnel
com o céu
reagindo no reflexo
tentando subir se salvar
mas resvala na pedra
isolado.
A noite afinal dispara.
Vou no vácuo, no intervalo
harmônico
entre dor e nada
acuado em corpo único
vivendo do próprio fígado.
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