Impressão IV
e.e. cummings
as horas sobem apagando estrelas e é
madrugada
nas ruas do céu a luz anda espalhando poemas
na terra uma vela é
extinta a cidade
acorda
com uma canção em sua
boca tendo a morte em seus olhos
e é madrugada
o mundo
continua a assassinar os sonhos. . . .
vejo na rua em que homens
fortes cavam pão
e eu
vejo os rostos brutais das
pessoas contentes horríveis perdidas cruéis
felizes
e é dia,
no espelho
vejo um homem frágil
sonhando
sonhos
sonhos no espelho
e
é crespúsculo na terra
uma vela se acende
e é escuro.
as pessoas estão em casa
o homem frágil está na cama
a cidade
morre com a morte na boca tendo uma canção
nos olhos
as horas descem,
levando à cena estrelas. . . .
na rua do céu a noite anda espalhando poemas
pessoas contentes horríveis perdidas cruéis
felizes
e é dia,
no espelho
vejo um homem frágil
sonhando
sonhos
sonhos no espelho
e
é crespúsculo na terra
uma vela se acende
e é escuro.
as pessoas estão em casa
o homem frágil está na cama
a cidade
morre com a morte na boca tendo uma canção
nos olhos
as horas descem,
levando à cena estrelas. . . .
na rua do céu a noite anda espalhando poemas
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